"Vento ventania, não leve meu destino"
- Sandra Braik

- 30 de ago. de 2010
- 1 min de leitura

Seus pares locomotivos tremiam. Não conseguia carregar o triplo de seu peso, mas precisava transportar o bloco de folhas até o ninho. Sua família dependia disso, só assim poderiam se alimentar. Em meio a chacoalhões de esforços a pequena saúva andava e descia pela árvore. Enquanto suava para completar a tarefa a natureza preparava a sua.
Uma rajada de vento como nunca vista fez balançar intensamente as folhas presas às patas da formiga até que seu esforço em agarrá-las foi vencido. Voaram por todos os lados e pousaram ao chão enquanto a carregadeira foi levada a galhos vizinhos pelas ondas de gases invisíveis.
A pobrezinha olhou desanimada para o desastre. Tinha que recomeçar a jornada, antes que seu estômago roncasse.
As mudanças ocorrem constantemente. Algumas são facilmente identificadas proporcionando tempo para lidarmos, outras chegam de surpresa e a paciência e dedicação são as ferramentas para nos adaptarmos.







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