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Dormente

  • Foto do escritor: Sandra Braik
    Sandra Braik
  • 10 de mar. de 2010
  • 1 min de leitura

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- Mamãe, o que é a dor?


- É algo que machuca a gente, querido.

- E por que ela é má, mamãe?

- Ela não é má, meu bem, apenas nasceu assim.

- Ah, e por que ela não fica boazinha?

- Não sei, meu filho, não sei...


Conseguimos senti-la, mas não vê-la. Sabemos que está ali presente, nos preenchendo, mas ao mesmo tempo tão ausente por não podermos pegá-la e arrancá-la. Pode acontecer até no sentido figurado. A dor mente, se finge hospedeira, mas às vezes é moradora permanente. A dor nos engana, nos acompanha, e logo sorrateira, se afasta.


A dor pode ser fraca e insuportável. Pode ser intensa, mas tolerável. Pode ser pequena, mas notável. Pode ser grande, mas esquecível.

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